Comentários e Notas: IMPACT Sacrifice 2022

No último dia 5 de março, a IMPACT Wrestling realizou mais um grande evento, o Sacrifice. Em uma noite de ação, a empresa apresentou 11 combates de qualidade… mas será que foram mesmo ? Bem-vindos a mais uma edição do Comentários e Notas, o quadro onde avaliamos as lutas dos principais eventos das principais empresas atualmente no pro-wrestling.

Antes de começarmos, deixa eu dar um recado importante: O sistema de notas NÃO reflete sobre o que essas lutas aqui foram se comparadas com outras. Explicando melhor, não é porque uma luta aqui é nota 10 que ela se compara com lutas que foram 5 estrelas, nada disso, porém, pro padrão que o evento se propôs a apresentar, ela foi nota 10, deu pra entender direitinho ? Sem mais delongas, bora lá:

Gisele Shaw vs. Lady Frost

Vimos aqui uma boa melhora da última luta. Ambas as mulheres trabalharam bem e fizeram alguns golpes incríveis. A agilidade delas tornou a luta bem agradável. O moveset da Gisele não só parece que dói, mas é esteticamente agradável aos olhos, aqueles Uppercuts conectam muito bem. O golpe final também foi muito bonito de se ver e agora elas estão empatadas, então prevejo que teremos um último combate em breve. Junto da Masha Slamovich, elas são o futuro da divisão.

Vencedora: Lady Frost – Nota: 6/10

Rich Swann e Willie Mack vs. The OGK

Algumas falhas à parte, essa foi uma luta divertida que empolgou a multidão conforme necessário. Mesmo que eu imaginava e esperava a vitória de Matt e Mike, fiquei muito feliz de ver o Rich e o Willie conseguindo uma boa vitória como dupla. Ambas as equipes entregaram bons golpes e sequências dentro do ringue e, convenhamos, agora é a hora de investirem de ver nos vencedores. Swann e Mack são uma dupla que está pronta para reivindicar o trono de vez e depois continuar essa rivalidade épica contra Honor No More pelo ouro, vulgo os IMPACT World Tag Team Titles.

Vencedores: Rich Swann e Willie Mack – Nota: 6,5/10

Jake Something vs. Trey Miguel

Baita luta de abertura com os participantes desempenhando bem seus papéis de high-flyer contra big man. Foi legal ver Trey usar sua agilidade e velocidade para compensar a desvantagem de força. Todos os spots dele foram executados com perfeição e aquele Canadian Destroyer na rampa foi o melhor spot da luta. Trey fez questão de vender bem os ataques de Jake, fazendo com que eles parecessem ainda mais devastadores. Assim como com Trey, todas as sequências protagonizadas pelo Jake foram boas. A luta infelizmente mal passou dos 10 minutos e eu definitivamente não me importaria em ver meia hora disso aqui.

Vencedor: Trey Miguel – Nota: 8/10

Eddie Edwards vs. Rhino

Honestamente, não achei que nada foi realmente interessante nessa luta aqui. Nada contra Rhino, mas outro cara do Team IMPACT poderia ter entregado um combate melhor. Não vi muito sentido na traição do Steve Maclin durante o combate, tipo, a traição já era esperada e alguma hora ou outra aconteceria, mas logo depois que o Eddie traiu o time ele vai e revela que é o “lobo solitário” ? Meio paia. No geral, foi mais uma Lumberjack Match do que qualquer coisa.

Vencedor: Eddie Edwards – Nota: 4,5/10

The IInspiration vs. The Influence

Gostei dessa luta aqui mais do que eu esperava que fosse gostar, foi até divertida e o ritmo dela foi legal. Cassie Lee me impressionou na troca de golpes com a Madison Rayne, ela só precisava de destaque na WWE. A história com Kaleb acabou fazendo uma brincadeira cruel com as campeãs, elas esperavam algo e eu também, mas Kaleb fez o inesperado e isso coroou novas campeãs. Tenille finalmente conquistou um cinturão na IMPACT e isso realmente me surpreendeu muito, mas achei até legal.

Vencedoras: The Influence – Nota: 6/10

JONAH vs. PCO

Puramente uma guerra cheia de ação entre dois grandes caras, ou melhor, dois monstros. PCO continua a ser um lutador confiável durante esta fase de sua carreira e JONAH está claramente mais afiado do que antes, tinha tudo para dar certo e realmente deu. Alguns golpes a serem citados são o Senton de PCO no apron e o brutal Piledriver de JONAH em PCO nos degraus de aço do ringue. O splash no final sobre o pescoço de PCO pareceu meio perigoso, mas se ele não se lesionou então está tudo tranquilo.

Vencedor: JONAH – Nota: 7/10

Alex Shelley vs. Jay White

Excelente luta entre White e Shelley aqui como deveria ser porque é literalmente impossível para esses dois lutadores entregarem um conteúdo ruim. Eu não queria nada muito apelativo ou apressado deles, eu só queria uma luta bem estruturada do início ao fim com sequências que fizessem sentido e golpes perfeitamente executados, e eles me entregaram isso. White estava pegando fogo e Shelley tem sido incrível há vinte anos, então devo admitir que nem estou surpreso com o quão boa essa luta foi foi. Não foi o evento principal, eles estavam no meio do card e não havia nada em jogo, mas eles ainda conseguiram roubar o show e serem aplaudidos de pé por todos naquela arena.

Vencedor: Jay White – Nota: 9/10

Chelsea Green vs. Deonna Purrazzo

Aqui vimos um bom desafio aberto com uma lutadora que até causou certa surpresa ao aparecer, mas eu ainda esperava uma lutadora livre no mercado ou algo assim. O padrão dos desafios da Deonna tem sido médio/bom, mas não ótimo até agora e aqui foi talvez o melhor depois do que ela teve com Lady Frost. O que se destacou aqui foi que, ao contrário de Miranda Alize e Santana Garrett, Chelsea é conhecida pelo público da empresa e conseguiu um bom pop. Sobre a “lesão” no final, bom, deu uma nova camada para o storytelling.

Vencedora: Deonna Purrazzo – Nota: 5,5/10

Mickie James vs. Tasha Steelz

Com o tempo que Chelsea demorou para ser retirada da arena após a luta anterior, eu honestamente pensei que ela estaria envolvida no final de alguma forma, o que foi estranho porque ela não teve nenhum papel na parte final. Gosto de Mickie, mas seu reinado foi maior do que o necessário e já deveria ter acabado no No Surrender. Gosto bastante de Tasha desde sua estreia, então sua vitória me deixa muito feliz. Foi uma luta muito mais focada nas histórias paralelas por trás do que no wrestling em si, mas ok.

Vencedora: Tasha Steelz – Nota: 6/10

Good Brothers vs. Violent By Design

Antes de tudo, finalmente o reinado dos Brothers acabou e eu quase soltei fogos de alegria. Foi uma luta bem ok de duplas e finalmente vimos novos campeões sendo coroados após um reinado de histórias sem brilho e bem sem graça. A VBD é uma equipe de “estrelas” que tem feito um bom trabalho na IMPACT e eles têm sido uma parte importante das storylines atualmente, então eu ACHO que foi uma boa escolha. Espero que este reinado restabeleça o prestígio da divisão de duplas.

Vencedores: Violent By Design – Nota: 6/10

Heath vs. Moose

Eu estou gostando do reinado do Moose ? Não muito, mas ele merece ter alguns desafiantes que conseguem fazer mais do que 5 golpes no ringue e entregam bons combates de verdade. Heath não tem nível pra isso aqui e a luta se transformou em um squash com Heath às vezes dando alguns socos bem meia boca no campeão. O real ponto de destaque desse combate aqui foi o que aconteceu após ele, vulgo o retorno de Josh Alexander. Finalmente temos um desafiante digno para Moose e eu tenho certeza que será a melhor luta do reinado dele, até porque Josh é literalmente um arsenal de golpes legais.

Vencedor: Moose – Nota: 6/10

Pra mim, a nota geral do evento foi um 7. Mesmo que as últimas lutas do show tenham sido extremamente medianas, Alex Shelley vs. Jay White elevou muito o nível e nada chegou nem perto desse nível depois do combate deles. É claro que, novamente, é necessário ressaltar que a IMPACT precisa de contratações, mas foi melhor do que o No Surrender na minha visão.

Concorda ou não ? Coloca sua opinião aí nos comentários e bora discutir saudavelmente, belezinha ? Até mais!